Segundo Leonardo Boff: “ Há dentro de nós uma chama sagrada coberta pelas cinzas do consumismo, da busca de bens materiais, de uma vida distraída das coisas essenciais. É preciso remover tais cinzas e despertar a chama sagrada. E então irradiaremos. Seremos como um sol.”
Estamos nos aproximando do Natal! Tempo de esperança, de fé, de alegria. No entanto, atualmente nos ligamos às compras, ceias fartas, presentes e nos esquecemos do seu verdadeiro sentido. O Natal vive da gratuidade, da doação, da singeleza, da convivialidade, do dom de se fazer presente ao outro. Pouco importam os interesses em que investimos na nossa vida. Ela vale por si mesma, porque é um valor supremo.
O Natal que devemos viver é aquele que quer ressuscitar essa dimensão espiritual no ser humano, e quer anunciar que é nessa atmosfera que Deus também se acercou de nós e enviou seu filho Jesus que não veio como um César poderoso, nem como um sumo-sacerdote, menos ainda como empresário ou filósofo. Ele se aproximou na forma de uma criança pobre que nasce na humildade, no meio de animais, sem qualquer regalia, para anunciar-nosa paz e demonstrar o verdadeiro sentido do Natal. E como diria o próprio Leonardo Boff : “ Se reservarmos em nossa vida um pouco de espaço para essa espiritualidade, ela vai nos transformando, pois este é o condão da espiritualidade: produzir uma transformação interior. Essa transformação acenderá nossa chama interior que produz luz e calor e nos dá mil razões para vivermos como humanos. Assim, caminharemos serenos neste mundo, junto com os outros e na mesma direção que aponta para a Fonte de abundância permanente de vida e de eternidade. E mergulharemos nessa Fonte de espiritualidade que é Fonte de espírito, de vida, de amortização de realização e de paz.”
Vivamos assim o Natal!
Texto escrito por Tânia de Fátima Corrêa Chaves no VERBUM DOMINI - Informativo Paroquial Nossa Senhora do Rosário de Alagoa-MG - mês de dezembro de 2011